Qual a forma mais fácil para comprar uma casa?
Há 9 anos comprámos casa e se sabíamos o que sabemos hoje talvez tivéssemos procurado mais (vimos apenas 3), esperado mais tempo (comprámos em 3 meses) e perguntado mais sobre crédito.
A compra de casa será talvez a maior transação financeira que alguma vez fizemos ou faremos, e para nós como para a maior parte das pessoas, é um investimento considerável. É uma decisão que deve ser tomada de forma consciente e com a orientação correta. Para a maior parte das pessoas a forma mais fácil para comprar casa, passa por uma solução de crédito à habitação e pelo aconselhamento especializado de um intermediário.
Deixo algumas questões que devemos ter em conta durante o processo de aquisição de casa e acesso ao crédito à habitação que se hoje pensamos, há 9 anos, com 25 anos, nem sabíamos bem que era preciso:
1. Qual o valor que tem para dar de entrada?
2. Conhece a sua taxa de esforço?
3. Quanto poderá pagar de prestação mensal?
4. Qual é a taxa de juro que vai escolher?
5. Qual o valor anual estimado para pagar seguros relacionados com o crédito à habitação?
6. Qual é o valor do IMI (imposto municipal sobre imóveis) e IMT (Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) ?
A resposta a estas questões ajudam-nos a planear melhor as condições de acesso ao crédito à habitação.
Assim, antes de fazer um crédito à habitação, provavelmente o maior crédito das nossas vidas, o melhor é mesmo conhecer os limites financeiros.
O valor a dar de entrada, ou seja o que temos de poupanças para financiar a compra de casa é importante, uma vez que os bancos na sua maioria emprestam até 80% do valor da mesma.
O que é e como calcular a taxa de esforço?
Este indicador corresponde ao rendimento que se tem disponível para fazer face às despesas do dia-a-dia, após o pagamento das obrigações mensais com créditos previamente contraídos.
A fórmula de cálculo é:
Taxa de esforço = (Encargos financeiros mensais / Rendimento) x 100
A taxa de esforço não deve ser superior a 35%, ou seja, no conjunto, todos os empréstimos não devem exceder 35% dos rendimentos.
O que fazer se a taxa de esforço for elevada?
Negociar e consolidar todos os empréstimos num só, por exemplo. A consolidação de créditos é uma solução financeira praticada por intermediários em operações de crédito, especialistas em juntar todos os créditos num único. Pode-se alargar o prazo de pagamento ou até reduzir a taxa de juro e ficar a pagar apenas uma prestação mensal, o que contribuirá para melhorar a taxa de esforço e, consequentemente, ganhar flexibilidade financeira. Feitas as contas, facilmente conseguimos chegar a uma conclusão sobre o valor que conseguimos pagar por mês ao banco.
As taxas de juro cobradas são várias, como TAN, TAE, TAER e TAEG, estas são as principais taxas de juro utilizadas na maioria dos empréstimos. Para escolher o crédito mais em conta é importante saber o que significam estas siglas e para pagar o menos possível, fazer simulações em diferentes instituições financeiras e comparar as taxas de juro “oferecidas” por cada uma.
Quanto a seguros, os valores vão depender do valor da casa, da nossa idade, problemas de saúde e da seguradora em si. Também estes valores são possíveis de renegociar e para quem não sabe, há um valor de seguro da casa pago anualmente e um valor de seguro de vida pago mensalmente.
Sobre o IMI, nós por exemplo estivemos isentos durante 8 anos, agora as regras são outras e o melhor é mesmo ver na internet como se pode ficar isento ou até perguntar aos antigos donos quanto pagam de IMI, pois em Abril de todos os anos é um imposto a considerar. Antes de avançar com uma solução de crédito à habitação, é pensar e repensar. O IMT por acaso também ficámos isentos (casa valia menos de 92 mil €), mas é um imposto pago pelo novo proprietário, quer seja um imóvel novo ou usado.
É ler e reler.
É procurar informação, tirar dúvidas, fazer questões e mais questões.
Pegar na calculadora e fazer contas.
Depois é só comprar a casa e usufruir do melhor que ela pode ter e dar